Não quero falar de futebol
Não logo assim de saída. Vou falar de mídia, mas prometo que não vou contar nada novo.
A imprensa, em qualquer lugar do mundo, seja política, econômica ou esportiva, vive cada vez mais dos fatos midiáticos. Holofotes, apelo popular, tragi-comédia, os temperos de sempre. A verdade? Só se não for atrapalhar.
O lance agora é esperar o gol mil do Romário. A contagem mágica começa em 1979 (o baixinho tinha 13 anos) e inclui os gols anulados do Brasileirão de 2005, que ninguém pôde contar e chegou a decidir o campeão daquele ano. Tem até gol contra o time “Amigos do Luisinho”. Pois é. Mas pra gerar assunto pro babaca do Galvão, vale tudo.
Não sei por que fiquei tão surpreso, segunda-feira, ao ver até uma matéria no Jornal Nacional. A Globo já abandonou o adendo “na sua própria contagem” pra não tirar o brilho desse evento fantástico, espetaculoso e tentadoramente midiático, que infelizmente não aconteceu no Dia da Mentira.
Um comentário:
Romário só não fará mais gols do que o Pelé porque não jogou no Santos, to errado?
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